Os municípios de São Miguel do Tocantins e Ipueiras publicaram decretos declarando situação de emergência e calamidade pública devido ao volume de chuva e a cheia de rios que vêm sendo registradas no estado há uma semana. Medidas semelhantes também foram decretadas em Miracema e Paranã.
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Até a tarde desta quinta-feira (29), segundo a Defesa Civil Estadual, 147 pessoas tinham sido afetadas pelas enchentes no Tocantins. Em todo estado são pelo menos 32 municípios monitorados.
Calamidade em Ipueiras
Ipueiras fica na região central do estado às margens do rio Tocantins e abaixo da barragem da usina hidrelétrica Peixe Angical. Até esta quarta-feira (29), 30 famílias ribeirinhas tinham ficado desabrigadas na cidade.
A estrutura da balsa que liga Ipueiras a Brejinho de Nazaré desapareceu e a travessia está suspensa. Animais de propriedades rurais foram levados pela correnteza e um hotel fazenda precisou fechar as portas após o rio praticamente chegar à porta do estabelecimento.
O decreto assinado pelo prefeito Caio Augusto (DEM) declara estado de calamidade pública, autorizando a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem em apoio às comunidades afetadas e cria o comitê de crise para monitorar a situação.
Segundo o texto, a Defesa Civil poderá notificar moradores para deixarem áreas de risco e em caso de resistência será requisitada força policial para ajudar na remoção. O decreto tem validade por 90 dias.
Situação de emergência em São Miguel
São Miguel do Tocantins fica na região do Bico do Papagaio, na divisa com o Maranhão. A região recebe todo o volume de água que a pelas usinas de Lajeado (TO) e Estreito (MA). De acordo com o texto assinado pelo prefeito Alberto Loiola (SD), há famílias desabrigadas, danos em moradias, plantações e criações na zona rural.
O aumento do nível do rio Tocantins, assim como de córregos e riachos têm causado danos em pontes e estradas vicinais na zona rural, dificultando o deslocamento dos moradores e o atendimento às famílias.
O decreto declarou situação de emergência e autorizou todos os órgãos municipais a atuarem no apoio às comunidades impactadas, além de dispensar licitação para contratação de bens, serviços e obras necessárias para atender as áreas impactadas.
O texto ainda autorizou a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta. O decreto tem validade de 90 dias.
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Por G1
