Em delação, Lessa diz que ex-chefe da Polícia Civil planejou morte de Marielle Franco
Rivaldo teria garantido que nenhum dos envolvidos de executar a morte de Marielle seriam pegos pelo crime. Operação da PF prendeu o delegado e irmãos Brazão.
Investigadores da Polícia Federal teve um importante avanço nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Após um longo processo de investigação, a delação de Ronnie Lessa foi considerada crucial para a operação deflagrada neste domingo (24/3).
Segundo informações fornecidas aos investigadores, a delação de Lessa, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana ada, revelou detalhes importantes. Em uma delas, Lessa afirmou às autoridades policiais que o ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, planejou minuciosamente o assassinato da vereadora e assegurou que nenhum dos executores seria identificado pelo crime.
Rivaldo Barbosa estava à frente do Departamento de Homicídios e assumiu o comando da corporação em 13 de março, um dia antes do trágico evento. Sua nomeação foi realizada pelo então interventor federal do Rio, general Braga Netto.
A operação, coordenada pela PF com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio, resultou em mandados de prisão e busca e apreensão na capital carioca, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
As investigações sugerem que a motivação por trás do crime pode estar relacionada ao embate da ex-parlamentar com a milícia coordenada pelo clã Brazão, alvos da operação deste domingo.
Além de Rivaldo Barbosa, foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ). Os três suspeitos serão interrogados ainda hoje na superintendência da PF no Rio de Janeiro.
Foto: Divulgação
O clã Brazão tem influência em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, uma região dominada por grupos paramilitares. Domingos Brazão foi mencionado na I das Milícias, em 2008.
As investigações da PF exploram outras possíveis motivações, mas o conflito territorial e questões fundiárias emergem como os principais elementos. A identificação dos três suspeitos foi possível após a homologação da delação de Ronnie Lessa, ex-policial militar e executor confesso da ex-vereadora, e também graças às evidências coletadas pelos investigadores antes de Lessa concordar em cooperar.
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